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Inflação 1

Sob gestão tucana, a inflação, que aparece em dez de cada dez ataques de Aécio a Dilma, chegou ao pico de 12,5% em 2002 (último ano do 2º mandato de FHC). O mais interessante é que a meta traçada pelo Banco Central naquele ano foi de 3,5%! Ou seja, a inflação efetiva de 2002 foi quase 4 vezes a meta determinada pelo governo do PSDB.

 

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Contabilidade 'criativa'

Fala-se muito hoje em contabilidade criativa no governo federal. O que poucos sabem, contudo, é que houve manipulação de balanços do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal na década de 1990. Por meio de artifícios contábeis como a alteração de critérios para a avaliação de empréstimos e as reservas voltadas a garanti-los, os economistas tucanos do governo federal fabricaram prejuízos, pioraram os resultados dos bancos estatais e quase consolidaram uma visão na sociedade que poderia levar à sua privatização.  No caso do BB, por exemplo, exigiu-se que o Banco fizesse reservas para praticamente todos empréstimos em atraso, independentemente do prazo, minando os resultados e lucros. Já quanto à Caixa, falava-se em 2000 que o rombo em seus resultados poderia chegar a algo entre 7 e 10 bilhões de reais. Ao mesmo tempo, documento de consultoria estrangeira previa grandes e crescentes rombos no BB e na Caixa a partir de 2003. E, logicamente, recomendava a privatização. Ironicamente, em 2003 Lula assume a presidência, sucedido em 2010 por Dilma. E, em 2013, a Caixa obtém um lucro de 6,7 bilhões, e o BB de 15,8 bilhões de reais.

 

Crise, quebras e juros 1

Diante das crises enfrentadas pela economia brasileira e mundial na década de 1990, os economistas tucanos contavam com uma receita praticamente pronta para responder aos problemas: aumentar os juros. Os resultados eram excelentes – para a minoria que especulava com os juros da economia! E desastrosos para o país, que assistia ao crescimento do desemprego, da recessão e de outras medidas negativas para o Brasil. No início de 1999, por exemplo, o dólar passou de 1,32 real para mais de 2 reais em poucos dias. Na ocasião, os juros básicos da Economia (taxa Selic) bateram em 45% em março de 1999. Entre outros aspectos, a crise de 1999 foi marcada pelo escândalo envolvendo a quebra dos bancos Marka e FonteCindam, bem como da atuação dos gestores do BC na ocasião

 

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Bancos estatais

O Banco do Brasil e o BNDES foram usados ao longo dos anos de 1997 e 1998 para tentar salvar o real – e garantir, assim, a reeleição de Fernando Henrique Cardoso. O BB, por exemplo, chegou a ter de vender cerca de 20 bilhões de dólares a fim de evitar uma sobrevalorização da moeda dos EUA, mesmo que isso não fosse de seu interesse. Com tais medidas, o Banco do Brasil piorou o seu balanço nesses anos – mas elas não impediram o real de quebrar em 1999.

 

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Banespa

O Banespa – Banco do Estado de São Paulo, também foi vítima das manipulações contábeis e dos interesses privatistas do PSDB. Em 1999, o Banespa foi multado em 2,8 bilhões de reais pela Receita Federal, devido a manipulações em seus balanços, que omitiram receitas, reservas e lucros e levaram, portanto, a resultados piores e a um menor pagamento de impostos. Detalhe 1: o banco encontrava-se sob intervenção do governo federal nesse período, determinada pelo Banco Central por o banco estar em tese “quebrado”. Detalhe 2: os supostos prejuízos foram utilizados como argumentação para justificar a privatização do banco. Detalhe 3: os lucros omitidos, os prejuízos inventados e os resultados distorcidos que geraram a multa foram portanto causados pelos próprios interventores do Banco Central, que por seu turno os utilizavam para defender a privatização. O final da história é conhecido. O governador paulista Mário Covas repassou o Banespa em definitivo ao governo federal ao final de 1999 para liquidar uma dívida. E o banco foi adquirido pelo espanhol Santander em 2000. Um último detalhe: o presidente do Banco Central em 2000 era – surpresa! – o mesmo Armínio Fraga que Aécio Neves pretende empossar à frente do Ministério da Fazenda.

 

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Privatizações

As privatizações realizadas no Brasil na década de 1990 tiveram seu ápice nos dois mandatos do presidente Fernando Henrique Cardoso. Geraram um prejuízo imediato de mais de 2,4 bilhões de reais. Os cálculos foram apresentados pelo jornalista Aloysio Biondi no livro “O Brasil Privatizado”, de 1999. Em valores atualizados, seriam mais de 6 bilhões de reais de prejuízos diretos envolvidos nas privatizações.

 

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Petróleo

Em 2000, o governo federal leiloou campos petrolíferos de grande potencial no litoral brasileiro, especialmente nas bacias de Campos e de Santos. As áreas licitadas contavam com preços mínimos irrisórios, de cair o queixo. Os valores eram quase simbólicos, na faixa de 50 mil reais, 100 mil reais, 300 mil reais – ou o valor de alguns carros populares, de um mero apartamento. As áreas, contudo, valiam bilhões de reais. Os interessados no leilão acabaram obtendo as áreas a explorar com lances de 5 milhões, 50 milhões ou até 120 milhões de reais. A imprensa e os integrantes do governo Fernando Henrique comemoram o ágio oferecido. Mas a diferença entre o preço demandado e os montantes pagos demonstravam, na realidade, os valores de banana e completamente equivocados estipulados como preço mínimo no leilão. O conjunto da obra, por seu turno, reafirmou o “negócio da China” (e lesivo ao país) ofertado às empresas participantes.

 

Se você acredita na competência do PSDB na Economia,
a lista abaixo lhe ajudará a refletir um pouquinho mais.
São 12 BARBEIRAGENS da época do governo tucano do
presidente Fernando Henrique Cardoso (1995 a 2002)
que causaram MUITOS ESTRAGOS e não podem ser esquecidas.

 
Inflação 2

Caso tenda a aceitar brandamente o argumento de que a inflação de 2002 foi causada pelo favoritismo – e posterior vitória – de Lula (PT) nas eleições presidenciais, vale recorrer aos dados do Banco Central relativos aos anos anteriores. As informações, disponíveis no site do BC demonstram que, em 1999, por exemplo, o governo do PSDB estipulou uma meta de inflação de 8%, mas a inflação efetiva foi de 8,94%. E em 2001 o problema se torna mais grave: diante de uma meta de 4%, a taxa efetiva da inflação foi de 7,67% – ou praticamente o dobro.

 

Crise, quebras e juros 2

A desvalorização do real em 1999 não foi o momento mais difícil de nossa moeda durante as gestões do PSDB à frente do governo federal. Em 2002, por exemplo, o valor do dólar beirou os 4 reais, no final do período FHC. Já em outubro de 1997, diante da Crise Asiática, o Banco Central brasileiro adotou mais uma vez a fórmula mágica do aumento da taxa de juros básica da economia. Na ocasião, nossa taxa Selic saltou de 19,05% para 45,67%! Os dados estão disponíveis no próprio site do Banco Central. Depois, com a crise da Rússia em 1998, é dado o tiro final em nossa frágil economia – extremamente dependente do FMI e dos capitais especulativos. Ao final daquele ano, o Brasil recorre a um empréstimo, capitaneado pelo Fundo Monetário Internacional, de mais de 40 bilhões de dólares. Ali, tecnicamente o país já estava quebrado, mas o empréstimo ainda veio como uma contrapartida no contexto da reeleição de FHC. Em troca, vieram depois novos pacotes voltados a atender às exigências do Fundo e dos países mais ricos, com privatizações, arrocho, aumento de impostos, cortes de gastos, etc. Passados alguns meses da eleição presidencial, o Brasil assiste à desvalorização do real do início de 1999.

 

Imposto de renda

Sua avaliação é de que o seu Imposto de Renda hoje é muito alto e deveria ser corrigido? Dado interessante: quando o PSDB assumiu a presidência, a tabela do Imposto de Renda possuía quatro faixas progressivas de tributação: isento, 15%, 26,6%, e 35%. Quanto mais rico o contribuinte, maior era sua contribuição. A equipe de FHC reduziu essa diferenciação em 1996 para somente três faixas: isento, 15% e 25%. Assim, pelo teto da contribuição, uma pessoa com rendimento médio passou a pagar a mesma faixa de IR de um multimilionário, por exemplo. E em 1998 as faixas passaram a ser isento, 15% e 27,5% . Em 2009, o presidente Lula corrigiu em parte essa injustiça, e hoje são cinco faixas progressivas de contribuição: isento, 7,5%, 15%, 22,5% e 27,5%.

Balança comercial

Por décadas, o Brasil apresentava superávits na balança comercial. O indicador é o resultado das exportações menos as importações realizadas pelo país, e é um dos meios mais importantes de se obter os dólares necessários para a economia de cada nação.  Em 1994, por exemplo, o Brasil apresentou um superávit de 10,44 bilhões de dólares. Em 1995, primeiro ano do mandato de FHC, houve um déficit de mais de 3 bilhões de dólares. Ou seja, o país importou muito mais do que exportou. Em 1996, o saldo negativo foi de 5,5 bilhões de dólares, e em 1997 a conta negativa passou dos 8 bilhões. Os economistas tucanos alegavam, por exemplo, que era positivo em alguns anos o país apresentar uma conta negativa na balança comercial, que isso ajudava a modernizar nossa economia, que era sinal de maior abertura e concorrência. Foi o jeito que encontraram de tentar justificar as barbeiragens cometidas ao longo de seis anos de déficits (1995 a 2000). Os dois últimos anos da gestão de FHC demonstraram que os argumentos não passavam de falácia: em 2001 e 2002 o próprio governo do PSDB buscou conquistar superávits na balança comercial – e conseguiu. Depois, de 2003 a 2013, os governos Lula e Dilma conseguiram superávits nesse item em todos os anos.

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Agricultura

Para não dizer que não falamos da agricultura, o setor enfrentou severas crises ao longo dos dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso. Diante da incapacidade de os gestores de então em compreenderem a importância da agricultura para a economia brasileira – e para a nossa balança comercial – o Brasil passou, gradativamente, a importar, ao longo da década de 1990, produtos da cesta básica como arroz e feijão, bem como algodão, milho. Todos esses itens eram, antes disso, exportados pelo Brasil em escala mundial. Na esteira desse processo, o país chegou a importar até coco e cacau.

 

Fontes: Banco Central, Arquivos da imprensa (Folha de S. Paulo, O Globo, entre outros) e O Brasil Privatizado (Geração Editorial, 2014) do jornalista Aloysio Biondi

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